Diante das mil e uma explicações do vendedor sobre o sistema de amortecimento de cada um dos modelos enfileirados nas prateleiras da loja, o pobre freguês que está pensando em se dedicar à corrida acaba achando que é mais difícil escolher o tênis ideal do que vencer a preguiça e passar da intenção à prática. Sem contar que os preços, nada sedutores, disparam a dúvida: será que vale investir tanto?
Os especialistas são unânimes na resposta: o mais caro não é necessariamente o melhor. E desfiam recomendações preciosas. "O fator mais fundamental de todos é que o tênis seja confortável", ressalta o professor de educação física Amauri Marcello, vice-presidente da Associação Brasileira de Academias. "Na hora de experimentar, calce os dois pés, porque pode haver diferenças entre eles", dá a dica o ortopedista e médico do esporte André Pedrinelli, da Universidade de São Paulo.
"O tênis tem que ser específico para a atividade física em questão", acrescenta, ainda, o professor de educação física Marcos Paulo Reis, da MPR Assessoria Esportiva e autor do livro Programa de Caminhada e Corrida (Editora Abril), da coleção SAÚDE! é Vital. "Vá a uma boa loja e dê ao vendedor o máximo de informações sobre o tipo de exercício que você pratica ou pretende praticar para que ele possa ajudá-lo a achar o tênis mais indicado", emenda o ortopedista Felipe Marion Alloza, do Instituto Cohen de Ortopedia, em São Paulo, que é especialista em traumatologia.
O seu tipo de pisada — neutro, pronador (para dentro) ou supinador (para fora) — também conta na hora da escolha. Para saber qual é ele, faça o teste, disponível em consultórios médicos ou nas boas lojas especializadas. Se isso não for possível, siga a sugestão do expert Marcos Paulo Reis: "Leve o seu tênis usado na hora da compra para que o vendedor possa avaliar o tipo de desgaste da sola e descobrir qual é o seu jeito de pisar".
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